Somos educadas a guardar

A esconder. A entender que a sexualidade não pode ser tratada. Só que precisamos entender que não estamos desvirtuando nosso corpo e nossa sociedade por querer ter prazer.

Precisamos nos olhar, entender nosso próprio corpo, e a arte erótica e pornográfica pode ser uma forma de fazermos e de gostarmos disso.

Mas como, se com a educação sexual que tivemos entende que a pornografia, e algumas vezes até o erotismo, é ruim?

Acredito que precisamos começar entendendo que são muito sutis os limites entre o erotismo e a pornografia. Tais conceitos dependem de formação, época, momento histórico, motivação.

Um bom exemplo são as palavras consideradas de baixo calão, que para muitos quando ditas na intimidade, são estimulantes.

Entendendo as origens, a pornografia é um termo que vem do francês pornographie e traz embutida a ideia de comércio, mercadoria, de compra e venda.  No século XIX a palavra passou a ser empregada para designar a arte que retratava temas obscenos.

Já o erotismo é uma palavra que também tem origem grega: erotikós, e significa “que tem amor, paixão, desejo intenso”. E seu uso nos remete a arte, a literatura, como algo amoroso, verdadeiro, aceitável.

Para muitos, a pornografia é agressiva, grosseira e o erotismo é sutil, delicado. E o senso comum tende a ver a diferença entre pornografia e erotismo em termos de bom gosto e linguagem.

Conceitos muito abrangentes que geram dúvidas, como revelou uma pesquisa feita pelo Instituto do Casal, organização que se dedica a pesquisas e educação em relacionamentos e sexualidade humana, onde 84%  dos respondentes disseram saber a diferença entre pornográfico e erótico, enquanto 16% afirmaram não ter certeza.

Quando questionados sobre o que seria erótico e o que seria pornográfico este grupo pesquisado trouxe as seguintes respostas:

Demonstrando que:

“muitos casais têm dificuldade em definir uma diferença do pornográfico e do erótico, além de não saberem como inserir isso em sua vida conjugal” como concluiu Marina Simas, psicóloga e sócia-diretora do Instituto do Casal.

 

Quando levamos em conta que a indústria pornográfica contribui para a objetificação da mulher, além de afetar inúmeros aspectos da nossa vida, estabelecer estes conceitos e entender que o consumo moderado e consciente de pornografia pode ser saudável fica ainda mais difícil.

A questão é que se difundiu uma pornografia repleta de falsos conceitos e baseada em uma realidade inexistente, o que gera inseguranças, expectativas e objetivos totalmente inatingíveis para as relações sexuais.

 

Só que isto não significa que só existe este tipo de conteúdo e que o consumo de pornografia e erotismo é ruim. O que é preciso é buscar alternativas que não utilizem apenas o estímulo visual (já falamos por aqui de contos e áudios eróticos), novos estilos de vídeos (que tal experimentar o Bright Desire, um site de conteúdo pornô artístico e positivo?)

O importante é lembrar do prazer de ver prazer e saber que enquanto for um estímulo e não um escape seu consumo é normal e saudável.

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