Eram pouco mais de 22h quando ela estacionou seu carro, desceu e foi até a portaria. Seus sapatos pretos faziam toc, toc, toc, toc quando caminhava. Enquanto anunciava ao porteiro o número do apartamento e aguardava a liberação, pensou o que comentariam sobre ela, uma bela mulher de saltos altos, calça de couro preta justa ressaltando suas curvas generosas, casaco preto e uma blusa amarela com um decote ousado.
Talvez por isso, ao abrir a porta, ele tenha perdido o ar por um segundo quando a viu. Num ímpeto, a abraçou e beijou sua boca com muita vontade e pouca pressa, antes mesmo de passarem juntos para dentro.
– “Saudade”. Disseram em uníssono no intervalo entre fechar a porta e retomar os beijos. Ele respirou em seu pescoço e ela sentiu um arrepio percorrer todo seu corpo. Ele se aproximou mais, abraçando-a mais forte e começou a beijar seu pescoço, percorrendo suas mãos por todo seu corpo.
Os minutos seguintes foram usados assim. Sem palavras, sem conversa. Beijos e carícias eram sua melhor linguagem.
Quando a ansiedade inicial um do outro estava mais controlada, sentaram-se frente a frente no sofá e começaram a compartilhar notícias sobre o dia, o trabalho, a família. Os olhos se cruzavam e faiscavam de desejo, as mãos, dadas, mantinham um leve deslizar de dedos, repetido continuamente, relembrando a vontade reprimida em tantos dias de espera. Não demorou para a conversa ser intercalada com beijos. A respiração deles ficou mais acelerada, assim como o coração. Rapidamente ele começou a beijar e lamber o pescoço dela percorrendo seu colo, seu decote, até chegar aos seios, colocando-os com segurança, vontade e desejo para fora da blusa e chupando-os vorazmente. Ela perdeu o ar por um segundo. Seu corpo foi tomado por um calor, misturado com um rápido arrepio. Ele repetiu a última frase que ela havia dito querendo descobrir se a conversa continuaria:
– “eles ofereceram isso, e então?” Ela prontamente respondeu que continuaria depois.
Seu corpo já tinha uma única vontade: aproveitá-lo, sentir e curtir cada momento. Boca, língua, pescoço, seios. Beijos, lambidas, chupadas. Ela já se sentia molhada, latejando.
Sem deixá-la se mexer, ele foi descendo sua boca e sua língua pela barriga dela, abrindo e abaixando a calça que ela vestia. Parou para olhar suas pernas, longas, cheias de curvas e saliências, e então continuou descendo até seu tornozelo. Quando já tinha percorrido todo o corpo dela, resolveu fazer o caminho inverso e voltou, subindo, sem nenhuma pressa.
Panturilhas, joelhos, aquela curvinha atrás. Coxas roliças, convidativas, suas nádegas. Ele parou e a admirou. Para ele, ela era uma paisagem.
Só então ele se enfiou no meio do vale existente entre as pernas dela. Único, complexo, composto. Cheio de possibilidades. Beijou-a, lambeu-a, chupou-a de forma alternada acompanhando a resposta do corpo e aumentando o estímulo sem parar até sentir o gosto do gozo em sua boca, para então voltar a beijá-la.
Ela começou a tirar a calça dele, encontrando-o pronto para se encaixar, deslizar, entrar, sair.
Ela se pôs de quatro no sofá e então ele colocou, observando com muita atenção como ela pulsava, pedia, desejava. Começou devagar e depois com mais força, segurando-a pelo cabelo. Ela gemia de prazer e ficava cada vez mais sensível, mais próxima de gozar novamente enquanto ele dizia como amava sua pele, seu cheiro, suas curvas e como era delicioso senti-la assim.
Quando estavam quase chegando ao orgasmo ele parou, beijou-a e levou-a pela mão até o quarto. Deitaram juntos na cama. Se abraçaram, se declararam: -“você sabe que eu sou todo seu”, disse ele. -“e eu, toda sua”, ela respondeu.
Ela começou a beijá-lo. Seus lábios, seu pescoço. Seu abdômen. Sentou sobre ele, se movimentando de forma cadenciada e vigorosa, deixando ambos cada vez mais excitados.
– “Adoro quando você senta” – ele sussurrou revirando os olhos de prazer.
-“Adoro sentar em você” – respondeu ela excitada.
Ele se inclinou um pouco e a trouxe mais perto. Beijou-a no ritmo que ela se movia sentada nele. E depois voltou a chupar seus seios com vontade, com todo desejo que emanava ali, enquanto ela se movia sobre ele, rebolando, remexendo, até chegarem juntos ao orgasmo, ao gozo farto, deixando a cama molhada e a noite leve.
Autora Tâmara Wink