Tem receita?

Ponto A, Ponto G, Ponto K, Ponto U, Ponto Y, Clitóris… Diariamente são realizadas mais de 10.000 buscas no Google sobre orgasmo feminino.

É possível que todas as mulheres já tenham se perguntado se realmente alcançaram um orgasmo.

Afinal, são tantos mitos, tabus e até uma aura de experiência extraordinária com gemidos intensos, gritos, as vezes até choro, resultado principalmente da profusão de conteúdos pornográficos que temos por aí, que algo mais rápido e discreto fica na linha tênue da dúvida.

Soma-se a isso, a falta de informação e autoconhecimento. Nem todas as mulheres conhecem as áreas que a fazem sentir aquele arrepio especial e outras tantas acreditam que existe uma receita de bolo, o que não é verdade, já que o que funciona para sua amiga, pode não fazer o menor sentido para você.

E aí, fica a pergunta, existe segredo para atingir o orgasmo? Dá para saber o que vou sentir quando o alcançar? Todas as vezes que eu me estimular, ou tiver uma relação vou obter o mesmo resultado? A resposta para todas estas perguntas é um grande e sonoro NÃO.

Mas calma, também não é assim tão complexo.

Muitos especialistas listam alguns sinais corporais, que podem acontecer segundos antes ou durante o orgasmo: pernas contraindo, respiração mais acelerada e ofegante, pupilas dilatadas, aumento da frequência cardíaca, elevação da temperatura do corpo, mudança na aparência da vulva – que fica mais inchada e avermelhada, mamilos enrijecidos ou bico dos seios sensíveis, alta lubrificação, crescimento do clitóris e até alguns pequenos espasmos ou “choques” por todo corpo. Além disso, pode acontecer uma sensação de prazer intenso e até mesmo o squirt – aquele líquido ou fluido que sai da vagina. É tudo tão diverso, que o pessoal da Nova Panty até fez um post com os tipos de orgasmo.

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Dá para ficar pensando em tudo isso na hora H? Claro que não. Até porque quanto mais você pensar, mais difícil será relaxar e aproveitar.

Então, que tal começarmos conhecendo nosso próprio corpo? E descobrindo o que mexe com você, sozinha ou em um momento a dois, ou mais, se esta for sua vontade?

Esse olhar, essa exploração do próprio corpo, para descobrir quais áreas que quando estimuladas te ajudam a entrar no clima é uma experiência essencial e que deve ser feita sem cobrança, sem comparações ou expectativas. Somos únicas. E todas temos nossas zonas erógenas. Só precisamos descobri-las.

Um jeito de começar a exploração é pelo toque. Seu, ou daquela pessoa que você confia e se sente à vontade. Só se lembre que vale tudo. Coloque a mão na massa, conte com a ajuda de óleos e cremes e permita-se sentir.

Outra forma é estimular seus sentidos. Além do tato, a audição, o olfato, a visão, o paladar, tudo pode despertar o desejo e a sexualidade (e nós iremos abusar muito disso por aqui…). Você já experimentou uma massagem com um óleo que tenha um aroma especial ou algum objeto com textura, por exemplo?

E aí temos um outro ponto – que é o nosso principal objetivo por aqui – estimular sua curiosidade e te abrir para a experimentação. Vamos esquecer os tabus, pudores, regras e explorar nossa sensibilidade e sexualidade?

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Claro, que nada disso é possível se não nos sentirmos confiantes para falar para o parceiro (ou parceira) o que e como gostamos, então, é fundamental olharmos para nossa autoestima. Estamos bem com a gente mesma? Se não, o passo zero é investir nisso. O que você precisa para se sentir mais confiante?

Depois, simplesmente, permita-se!

Lembre-se que tudo é sexo, inclusive “as preliminares” e que o orgasmo não acontece só com penetração (ao contrário, uma pesquisa publicada no The Journal Sexual Medicine com 645 mulheres em 20 países, constatou que apenas 31,4% das mulheres alcançaram o orgasmo com penetração, enquanto 68,66% das participantes precisaram de práticas adicionais para atingi-lo)

Então, para alcançar o orgasmo é fundamental construir intimidade com você e com quem você está. Sem cobranças, sem neuras, afinal o objetivo é entender o que é prazer para você! Sem preocupação de performance ou meta de produtividade.

Esta semana tente aproveitar o momento.

Ah, e só para você não ficar mais perdida, deixamos aqui um pequeno “dicionário” das zonas erógenas que falamos lá no começo.

Ponto A – também chamado de AFE (Anterior Fórnix Erótico) fica localizado bem no fundo do canal vaginal, onde encontra o colo do útero. Para alcançá-lo é preciso ocupar todo o espaço (penetração profunda) e fazer muito movimento.

Ponto G – Identificado em 1950, foi bastante divulgado e se tornou muito conhecido. É uma área na parede anterior da vagina, em uma região bem vascularizada e com muitas terminações nervosas (como várias áreas do corpo) e segundo estudos, está localizado a cerca de cinco a sete centímetros do canal vaginal.

Ponto K – um dos últimos pontos a ser descoberto, e nem sempre fácil de localizar por ter um acesso bastante complicado, o ponto K fica na região do colo do útero e para estimulá-lo é preciso desenvolver o músculo pubococcígeo, com contrações e relaxamentos.

Ponto Y – Localizado no fundo da vagina, entre o colo e a bexiga, é uma região mais enrugada, que, quando excitada, aumenta a lubrificação.

Ponto U – Fica logo abaixo da uretra, entre as duas glândulas de Skene, ou seja, no encontro entre as duas laterais do clitóris. É uma área muito sensível, então é preciso ter cuidado ao estimulá-la.

O Clitóris, tem sido cada vez mais falado e considerado um órgão essencial para disparar o orgasmo, então, falamos mais sobre ele aqui.

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